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Conar inocenta suco Do Bem e recomenda que Diletto altere sua publicidade
por Redação
Após denúncia de consumidores quanto à veracidade da publicidade da Diletto e dos sucos Do Bem, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) inocenta a fabricante de sucos e aconselha que a publicidade da fabricante de sorvetes informe o leitor seu caráter fantasioso.
O Conar realizou nesta última quinta-feira (11), sua última sessão ordinária de julgamento com as duas marcas. Para a marca de sucos Do Bem, o Conselho recomendou arquivamento do processo por considerar que não há irregularidades quanto à publicidade da marca.
A Diletto, tanto em seu site como na própria embalagem de seus picolés, afirma que Vittorino Scabin, avô fundados da marca, criava sorvetes artesanais na Itália e veio para o Brasil na Segunda Guerra, onde seguiu preparando os gelados e a tradição familiar havia sido mantida. Porém, na verdade, o avô de Leandro Scabin, fundador da Diletto, era jardineiro e paisagista e nunca fabricou sorvetes.
Após decisão do Conar, a fabricante de sorvetes e picolés que utilizou-se da tática do storytelling para envolver o consumidor emocionalmente, terá que deixar claro e explícito que sua história por trás da marca envolve uma fantasia.
Já a Suco do Bem, que declara em seu site que para o preparo de suas bebidas ‘utiliza laranjas colhidas fresquinhas todos os dias que vêm da fazenda do senhor Francisco do interior de São Paulo, tem, na verdade, suas frutas fornecidas por empresas como a Brasil Citrus, que vende o mesmo produto para as marcas próprias de supermercados.
Na sessão ordinária de julgamentos, a fabricante do suco Do Bem conseguiu comprovar, mediante documentos, que sua publicidade condiz com a realidade.
“Enfatizamos ainda que o suco de laranja integral Do Bem possui todos os registros aprovados pelos órgãos governamentais competentes, que atestam a qualidade e classificação integral do produto, sendo comercializado há 6 anos”.
Mesmo que a decisão tenha sido do Conar, ainda há um fato bastante estranho por aqui. A Diletto terá que deixar claro para o cliente que sua história é uma estorinha bonitinha que tem todo um contexto familiar e adorável.
Já a empresa de sucos Do Bem, que tem outra estratégia de storytelling, onde diz que suas laranjas são colhidas fresquinhas todos os dias, quando, na verdade, as frutas são fornecidas por uma empresa, conseguiu que os argumentos da defesa fossem acatados por afirmarem que as frutas realmente provém da fazenda do senhor Francisco.
Considerando que os casos são “graves” por terem ido parar na justiça, a maior mentirinha entre as duas histórias, está na fantasia do suco Do Bem em dizer que as laranjas são colhidas diariamente… Ainda assim, o caso foi inocentado.
| via R7
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