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Ministério da Saúde apresenta nova edição do Guia Alimentar para a População Brasileira
por Redação
O Ministério da Saúde acaba de divulgar a nova versão do Guia Alimentar para a População Brasileira, uma atualização da publicada em 2006. A publicação reúne informações e instruções para uma dieta balanceada, saborosa e saudável, a fim de combater a obesidade, que já atinge metade dos brasileiros e, por consequência, a diabetes e a hipertensão.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2013, 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006, respectivamente.
Com a redução da pobreza e a queda da desnutrição, enfrentamos novos problemas alimentares – quanto mais dinheiro, mais as pessoas comem fora e aumentam o consumo de alimentos não tão saudáveis. A principal alternativa apresentada pelo guia é o incentivo a cozinhar em casa, dispensando produtos industrializados, como sopas de pacote, macarrão instantâneo e pratos congelados.
Não há nenhuma proibição, apenas recomendação para se alimentar melhor, evitando fast foods e alimentos industrializados. Uma das sugestões, por exemplo, é moderar o uso de açúcar, gorduras, óleos e sal ao cozinhar em casa. Assim como limitar o consumo de alimentos processados (conservas, embutidos e queijos) e priorizar os doces caseiros e as frutas para sobremesa.
A tradição de cozinhar em casa tem caído em desuso e são poucas as pessoas com dotes culinários. Ainda assim, o guia propõe que isso se torne um hábito social, que as pessoas aproveitem esta oportunidade para unir amigos, companheiros e até mesmo os filhos. Todos cozinhando juntos, colocando a mão na massa.
Outra dica é se atentar à forma de se alimentar e evitar assistir televisão, usar o computador ou falar ao telefone enquanto come. O ideal é fazer as refeições em horários regulares, ambientes apropriados e, sempre que possível, acompanhado de alguém.
Ao fazer compras, devemos estar atentos à forma como os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aqueles cuja produção e distribuição sejam social e ambientalmente sustentável, como os alimentos orgânicos e de base agroecológica e ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Com 151 páginas ilustradas, o guia pode ser encontrado online e também será distribuído às unidades de saúde de todo o país. A publicação foi produzida em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde.
Para sua realização, contribuíram profissionais de saúde, educadores e representantes de organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil, assim como o resultado de uma consulta pública que envolveu 436 participantes e recebeu 3.125 comentários e sugestões.
| via Blog da Saúde
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