Para Comer
O cozinheiro, o antirrestaurante e os orgasmos visuais
por Redação
Quando o Comendo com os Olhos, que eu acompanho, leio e gosto desde sempre, disse que estava selecionando colaboradores para fazer parte do time, eu, proprietário de um antirrestaurante, não tive dúvidas: me candidatei!
Ainda mais com essas indicações: “para quem curte culinária criativa, gastronomia, arte&conteúdo, food design e pira em orgasmos visuais”.
Para começar a escrever, foi um pulo. Para ter coragem de estrear, o pulo foi um pouco maior.
Agora que tomei coragem, acho melhor me apresentar: meu nome é Marcos Cardozo e sou um cozinheiro. Muito prazer!
Como muitos que estão lendo esse texto, agora mesmo, eu cozinho em casa todos os dias, manhã, tarde e noite. Sim, igual a muita gente, uma ocupação das mais simples. Mas não é sempre assim, tão simples.
Várias noites por semana, faço jantares em meu apartamento, não somente para amigos e familiares, mas para qualquer faminto e curioso o bastante para comer na sala de um desconhecido.
Assim como o impulso, que hoje me fez estar escrevendo para vocês, um dia resolvi que começaria a fazer o que mais gostava, sem me importar muito onde isso iria me levar. Eu, simplesmente, faria o que mais gostava, com muito prazer e dedicação. Queria seguir o conceito, mundial, dos underground restaurants, supper clubs, puertas cerradas, ou como são chamados em Portugal: antirrestaurantes!
A sensação de escrever em páginas que leio todos os dias e estrear em um novo espaço, como esse, talvez seja muito parecido com o dia que abri as portas de minha casa, para receber pessoas curiosas em saber: mas que diabos é esse tal de antirrestaurante?!
Faz mais de dois anos, foi em 17 de setembro de 2011. Lembro bem do que aconteceu naquele dia, uma inauguração como essa que estou fazendo no Comendo com os Olhos.
Assim como aqui, eu queria estar com pessoas que procuram uma nova e diferente experiência gastronômica.
Se na Casa Cardozo as pessoas podem saborear meus pratos, aqui também poderão comer, mas dessa vez, com os olhos.
Vou passar um pouco da minha experiência com a gastronomia e principalmente com o aintirrestaurante, explicar melhor o conceito de cozinhar e receber em casa, algo ainda um tanto desconhecido do grande público no Brasil. Minhas receitas, ou melhor, receitas que cozinho em minha cozinha, os jantares e histórias que acontecem nas duas mesas, coletivas, da Casa Cardozo e tudo mais que for, de alguma forma, ligado ao underground da culinária, o lado punk da gastronomia.
Mas dessa vez, chegando assim, sem fazer “muito barulho por nada”…
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1 comentários
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Por Uilian | abril 11, 2017 às 23:22| Responder
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Boa Noite Marcos Cardoso. Gostei muito do seu texto. Sou um estudante de Gastronomia e sempre quis trabalhar nessa área sem saber que o nome seria “Antirestaurantes”. Mas sou fascinado por esse tipo de trabalho e quero me aprofundar muito mais agora. Se caso tenho alguma informação ou indicação didatica para me indicar, será bem vinda. Te desejo muito sucesso e conto com o teu retorno. Grande abraço.