Para anunciar o novo sabor de uma pizza, um estabelecimento da Nova Zelândia usou peles de coelho de verdade para fazer um outdoor gigante.

A novidade, bastante doentia e arrogante, anuncia para a Páscoa, pizza de coelho como um novo item do cardápio, mas por tempo limitado.

Ironicamente, o nome da pizzaria é Hell – inferno – e sua linguagem tem toda uma pegada dark, wooooo, com diabinhos, 666 e toda essa coisa clichê preguiçosa. Seus responsáveis justificam a ousadia da publicidade afirmando que apesar do coelho ser um bichinho bonitinho e fofinho, é uma praga no ecossistema da Nova Zelândia.

A pizzaria afirma, ainda, que as peles que estão no outdoor foram retiradas por profissionais. O que não justifica a publicidade fria da agência Barnes Catmur & Friends.

No cardápio, a descrição da pizza temporária: Coelho selvagem assado, pinhões torrados, relish de beterraba, cream cheese, alecrim, decorado com cebolinhas frescas. Valor US $21,00.

Depois da polêmica, a pizzaria Hell resolveu investir em uma publicidade menos chocante, mais leve e mais informativa na tentativa de reverter o terror causado na grande maioria das pessoas, passando informações nutricionais sobre o coelho no Facebook.

“FATOS RÁPIDOS DO COELHO No 1: O USDA declarou que a carne do coelho é a carne mais nutritiva conhecida pelo homem. Tem cerca da metade de colesterol da carne de frango, peru, bovina, de porco ou cordeiro e 33% menos sódio que o frango.”

“FATOS RÁPIDOS DO COELHO No 2: Coelhos produzem 6 quilos de carne enquanto a vaca produz 1 quilo de carne com a mesma quantidade de ração e água.”

“FATOS RÁPIDOS DO COELHO No 3: Os coelhos foram lançados pela primeira pelo Capitão Cook, em 1777, na Nova Zelândia. São considerados uma praga e podem ser caçados o ano todo.”

Para dar tom a ironia da pizzaria e da publicidade do inferno, fica o questionamento: Ora, se os coelhos são uma praga, por que então alimentar-se de pragas?

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