Alimentação e Saúde
As 10 maiores mentiras da nutrição
por Redação
As mentiras da nutrição, precisam ser reveladas.
Dois mil e quinze e ainda há muita desinformação circulando ao redor da nutrição. Com a velocidade de conexão, o sensacionalismo em relação aos mitos e verdades sobre alimentação, deixa-nos confuso para saber o que realmente é bom ou ruim para o nosso organismo.
Por aqui, sempre buscamos levar a vocês as informações mais precisas quanto à nutrição.
Neste post, fizemos uma pesquisa no Authority Nutrition, um site de referência ao tema em questão, e listamos as 10 maiores mentiras, mitos e equívocos da nutrição mainstream.
Confira:
1. Ovos não são saudáveis
Há um detalhe que os profissionais de nutrição tiveram um sucesso notável: demonizar alimentos extremamente saudáveis.
O pior exemplo disso são os ovos, que, por conter uma quantidade grande de colesterol, é considerado um agravante para o risco de doenças cardíacas.
Mas, recentemente, foi comprovado que este colesterol na dieta não eleva o colesterol no sangue. Na verdade, os ovos elevam o colesterol “bom” e não estão associados ao aumento do risco de doenças cardíacas.
O ovo é um dos alimentos mais nutritivos do planeta. São ricos em todos os tipos de nutrientes, juntamente com antioxidantes exclusivos que protegem nossos olhos, por exemplo.
Apesar de ser um alimento gorduroso, estudos comprovam que comer ovos pela manhã, ajuda a perder peso e é menos calórico do que uma baguete ou um pãozinho francês com manteiga.
2. Gordura saturada é ruim para você
Há algumas décadas atrás, foi decidido que a epidemia de doenças cardíacas era causada pela ingestão de muita gordura saturada.
Isto foi baseado em estudos altamente falhos e decisões políticas que já foram comprovados que estão completamente errados.
Um artigo publicado em 2010 mostrou que, estudos epidemiológicos prospectivos feitos com um total de 347.747 indivíduos, teve como resultado, absolutamente nenhuma associação entre gordura saturada e doenças cardíacas.
A ideia de que a gordura saturada aumenta o risco de doença cardíaca foi uma teoria não comprovada que, de alguma forma, se transformou em sabedoria convencional.
Comer gordura saturada, aumenta o nível de HDL (colesterol “bom) no sangue e altera o LDL, que é benigno. Carne, óleo de coco, queijo, manteiga… Se forem consumidos com moderação, não há nenhum motivo para temer estes alimentos.
3. Todo mundo deveria comer grãos
A revolução agrícola aconteceu muito recentemente na história da evolução humana e, os nossos genes, não mudaram tanto assim.
Se comparados com hortaliças, por exemplo, os grãos são bastante pobres em nutrientes, além de serem ricos em ácido fítico – uma substância que se liga aos minerais essenciais do intestino e impede que os nutrientes sejam absorvidos.
O grão mais comum na dieta ocidental é, de longe, o trigo. E o trigo pode causar uma série de problemas à saúde, tanto menores quanto graves.
O trigo moderno possui uma grande quantidade de glúten, e há evidências que, uma porção significativa da população, é sensível a esta substância.
O glúten pode danificar o revestimento intestinal, causar dor, inchaço, inconsistência intestinal e cansaço.
4. Comer grande quantidade de proteína faz mal para os ossos e rins
A dieta rica em proteínas tem sido reivindicada por causar osteoporose e doença renal.
É verdade que, a curto prazo, comer proteína aumenta a excreção do cálcio dos ossos mas, estudos a longo prazo, mostram o efeito oposto.
Em um período longo, a proteína tem uma associação forte na melhora da saúde dos ossos e um menor risco de fratura. Além disso, os estudos não mostram qualquer associação de alta proteína com doença renal em pessoas saudáveis.
Na verdade, dois dos principais fatores de risco para insuficiência renal são: diabetes e pressão arterial elevada. Conclusão: uma dieta rica em proteína deve proteger contra a osteoporose e insuficiência renal.
5. Alimentos com baixo teor de gordura são bons para você
Você sabe que gosto tem uma comida quando toda a gordura é retirada? Bem, tem gosto de papelão e ninguém ia querer comê-la.
Os fabricantes de alimentos sabem disse e, portanto, eles acrescentam outras coisas para compensar a falta de gordura.
Geralmente são adoçantes: açúcar, xarope de milho ou adoçantes artificiais, como o aspartame.
Chegaremos ao açúcar, mas antes, vamos salientar que, embora os adoçantes artificiais não tenham calorias, as evidências não mostram que ele seja melhor pra você do que o açúcar.
De fato, muitos estudos de observação, mostram que o consumo gordura tem uma associação consistente e altamente significativa com várias doenças, como a obesidade, síndrome metabólica, diabetes, doenças cardíacas, parto prematuro e depressão.
Mas, o que acontece com estes produtos de baixo teor, é que os fabricantes substituem as gorduras saudáveis e não saudáveis por substâncias que são extremamente artificiais.
E isso, realmente, não é o melhor caminho para uma boa saúde.
6. Você deve comer pequenas porções de refeições ao longo do dia
A ideia que você deve comer diversas porções pequenas de comida ao longo do dia, a fim de “manter o metabolismo alto”, é um mito persistente que não faz o menos sentido.
Sim, é verdade que comer aumenta o metabolismo enquanto você está digerindo a refeição, mas é a quantidade total de alimentos que determina a energia utilizada, não o número de refeições.
Isto foi colocado à prova e desmentido várias vezes. Estudos controlados, onde um grupo comeu várias pequenas refeições e o outro, a mesma quantidade de alimentos em menos refeições, mostraram que não há nenhuma diferença entre os dois.
Outro estudo feito em homens obesos revelou que comer 6 refeições por dia, levou a uma menor satisfação de saciedade em comparação com 3 refeições.
Portanto, comer várias vezes por dia, pode ser uma prática quase inútil. Para alguns, pode até ser prejudicial porque não é natural, para o corpo humano, ficar sendo alimentado o tempo todo.
Há vários anos atrás, o humano costumava jejuar de vez em quando e não comer o tanto que comemos hoje em dia.
Quando não comemos por um tempo, nosso organismo realiza um processo celular chamado autofagia, em que os resíduos são limpos e colocados para fora de nossas células. Fazer jejum ou não comer de vez em quando, é bom para você.
O que é mais impressionante, é que estudos mostraram que pessoas que tem o hábito de consumir alimentos várias vezes ao dia, tem mais chances de desenvolver câncer de cólon do que as pessoas que comem menos vezes.
7. Ômega-6 e óleos vegetais são bons para você
As gorduras poli-insaturadas são consideradas saudáveis, pois alguns estudos mostram que eles reduzem o risco de doenças cardíacas. Mas há muitos tipos de gorduras poli-insaturadas e elas não são todas iguais.
O Ômega-3 é anti-inflamatório e, por isso, reduz o risco de muitas doenças relacionadas com a inflamação.
Os seres humanos, realmente precisam obter uma certa proporção de Ômega-3 e Ômega-6. Porém, se a ingestão de Ômega-6 for demasiada elevada, pode-se ter problemas.
De longe, as maiores fontes de Ômega-6 na dieta moderna são processados de sementes e óleos vegetais como de soja, milho e girassol.
Ao longo da evolução, os seres humanos nunca tiveram acesso a tal abundância do Ômega-6. É anti-natural para o corpo humano.
Pesquisas que analisam cientificamente os ácidos graxos do Ômega-6, ao invés de gorduras poli-insaturadas, geralmente mostram que o risco de doença cardíaca aumenta.
Coma seus Ômega-3 e considere a suplementação com óleo de fígado de bacalhau, mas evite os óleos de sementes e vegetais industriais.
Os seres humanos precisam obter gorduras de Ômega-3 e Ômega-6 em uma certa proporção. Porém, comer Ômega-6 a partir de óleos de sementes aumenta seu risco de doenças.
8. Dietas de baixo carboidrato são perigosas
Enquanto as dietas de baixo carboidrato tem um potencial de cura para muito dos problemas de saúde mais comuns em nações ocidentais, a dieta de baixo teor de gordura, vendida em todo o mundo, é bastante inútil contra muitas dessas doenças. Simplesmente não funciona.
No entanto, dietas de baixo carboidrato (demonizados por nutricionistas e meios de comunicação) têm sido repetidamente mostrados para chegar a resultados melhores. Cada ensaio clínico randomizado em dietas de baixo carboidrato mostra que:
. Reduz a gordura corporal mais do que as dietas de baixa gordura com restrição de calorias – mesmo que, na dieta de baixo carboidrato, seja permitido comer o quanto quiser.
. Baixa pressão arterial significativa
. Diminui o teor de açúcar no sangue e melhora os sintomas de diabetes muito mais do que dietas de baixa gordura
. Aumenta (muito mais) o HDL – colesterol “bom”.
. Reduz muito mais os triglicérides do que a dieta de baixa gordura
. Altera o padrão do LDL (“mau” colesterol) para HDL (“bom” colesterol).
. As dietas de baixo carboidratos são mais fáceis para manter, provavelmente porque elas não exigem que você restrinja calorias e esteja com fome o tempo todo.
Muitos dos profissionais de saúde, que deveriam ter nosso maior interesse, têm a audácia de afirmar que estas dietas são perigosas e, em seguida, continuam a vender seu dogma de que a dieta de baixa gordura está mais ajudando as pessoas do que prejudicando.
Dieta de baixo carboidrato é a maneira mais saudável, mais fácil e eficaz para perder peso e reverter a doença metabólica. É um fato científico.
9. O Açúcar é insalubre porque contém calorias vazias
Normalmente, acredita-se que o açúcar faz mal por conter calorias “vazias”. É verdade, o pó branco tem um monte de calorias sem nutrientes essenciais. Mas isto é apenas a ponta do iceberg.
Açúcar, principalmente por causa do seu alto teor de frutose, afeta o metabolismo de uma forma que nos configura para o ganho de gordura rápida e doença metabólica.
A frutose fica metabolizada pelo fígado e é transformada em gordura, que é segregada para o sangue na forma de partículas de VLDL. Isto nos leva a ter níveis elevados de triglicérides e colesterol.
Tambémm causa a resistência à insulina, síndrome metabólica e diabetes. O açúcar provoca uma unidade bioquímica implacável para os seres humanos comerem mais e engordar.
Provavelmente, é o pior ingrediente na dieta ocidental padrão.
10. Alimentos ricos em gordura engordam
Parece meio intuitivo comer gordura e engordar. Apesar da gordura ter mais calorias por grama do que carboidratos ou proteínas, dietas ricas em gordura não fazem as pessoas gordas.
Como qualquer coisa, isto depende do contexto. Uma dieta rica em gordura e em carboidrato, faz engordar.
Mas não é por causa da gordura. Na verdade, as dietas que são ricas em gorduras (e pobre em carboidratos) conseguem fazer com que o corpo perca mais gordura do que as dietas com baixo teor de gordura.
Cada item listado tem como referência o NCBI – site fundado como recurso para informações sobre biologia molecular, com o objetivo de desenvolver novas tecnologias de informação para ajudar a compreensão dos processos moleculares e genéticos fundamentais que controlam a saúde e a doença.
| via Authority Nutrition
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