Acontece
Biscoito em formato de vagina causa polêmica em colégio dos Estados Unidos
por Valéria Scavone
Saiu hoje, na mídia internacional, o caso de uma mãe feminista que retirou seu filho do 2º ano escolar por ter sido impedido pela professora de compartilhar biscoitos em formato de vagina com seus colegas.
A ida da mãe à escola com os comes não foi por acaso. Uma vez por semana, se as crianças se comportam bem, fica combinado entre a professora e os pais dos alunos, que eles façam lanchinhos e levem para a escola.
Desta vez, a professora foi surpreendida por uma mãe que chegou à classe com uma bandeja cheia de biscoitos dizendo: “eu tive a iniciativa de trazer estes doces para que as crianças aprendam sobre a vagina das mulheres”.
Ao levantar o papel que cobria a bandeja, a professora entrou em choque ao se deparar com diversos tipos de vagina decorados com docinhos coloridos.
“Não havia apenas um tipo de vagina, mas todos os formatos. Perplexa, eu olhei de forma profissional para a mãe e respondi que não poderia dar aos alunos porque era inapropriado”.
Indignada, a mãe começou a ter reações inconformadas com a professora que chocou-se com a quantidade de vaginas que seus olhos comeram (maliciosamente) com os olhos.
O ato irracional de proibir a distribuição dos cookies entre os alunos, levou a uma reação irracional da mãe, que perdeu a linha na sala de aula e fez ameaças à professora enviando diversos e-mails.
“Eu vou tirar meu filho da sua classe devido ao seu papel clichê na vida em ser uma professora e não querer dar poder às mulheres. Eu espero que você acabe com um marido abusivo que bata em você”, desejou a mãe.
Depois da discussão, digamos que, infantil de ambas as partes, a professora pediu a um amigo que relatasse o ocorrido no Reddit, uma comunidade de fóruns onde os usuários podem votar no conteúdo.
Mesmo que a mãe tenha perdido a razão por ter se descontrolado com a reação negativa, cheia de pudor e maliciosa da professora, este é um caso para parar pra pensar e refletir: até que ponto os educadores e a sociedade estão dispostos a impedir que as crianças tenham a espontaneidade e a liberdade de conhecer, questionar e aprender sobre o universo infinito da sexualidade?
Até que ponto a maldade, a malícia, o tabu e a falta de informação e comunicação pode vetar a educação sexual lúdica nas escolas? Onde está a liberdade de deixar fluir o desconhecido e permitir-se observar as crianças para, então, saber orientá-las?
Pode chamar de clichê, mas aqui cabe muito bem uma frase de Pitágoras: “Educai as crianças para que não seja preciso punir os adultos”. A história teria sido diferente se a professora tivesse lembrado destas sábias palavras.
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