Curiosidade
Entre 1953 e 1979, o público comprava Playboy para se alimentar de arquitetura e design
por Redação
Nos anos 50, você poderia muito bem ir a uma banca, comprar uma Playboy e, se fosse abordado por alguém nas ruas, ao invés de ficar constrangido com a revista na mão, você poderia muito bem dizer que estava comprando para ver o design e arquitetura daquela edição.
Pasmem: entre 1953 e 1979, o que alimentava público alvo da revista era a arquitetura e design, e não o nu artístico. Para vocês terem uma ideia, a máxima que poucos sabiam até agora, ganha uma extensa coleção de fotografias, filmes, modelos arquitetônicos, na exposição intitulada “Playboy Architecture, 1953-1979“, no Elmhurst Art Museum.
De acordo com Beatriz Colomina, historiadora e curadora da exposição, não foi o MoMA que alimentou o modernismo como estilo de vida inspirador do homem moderno em meados do século, e sim, a Playboy.
Com uma tiragem de de pico de 5,6 milhões de leitores em 1975, o papel da revista como a principal influenciadora da arquitetura e do design da época, raramente é reconhecido pelos historiadores. Mas na Palyboy Architecture, 1953-1979, Colomina narra como a revista infiltrou e influenciou o público em geral.
“Realmente sinto que a Playboy foi uma ferramenta importante e crucias para evidenciar elementos de sedução. Mobiliário moderno, objetos de vanguarda e a arquitetura, configuram um cenário sedutor“, diz Beatriz Colomina.
Fundado por Hugh Hefner, em Chicago (1953), e tendo Art Paul como designer e diretor de arte, a dupla moldou a cobertura editorial, ilustrações, fotografias e direção criativa da revista. Neste período de 26 anos, a revista mostrava mulheres nuas drapejadas sobre cadeiras modernas publicadas em planos inteiros de apartamentos, fornecendo, sempre, um guia de compra para que os leitores pudessem adquirir o que quisessem (e pudessem) inspirados pelo olhar sedutor dos ambientes exibidos na revista.
Em 1958, Mies van der Rohe, um dos principais nomes da arquiteura do século XX, foi prefilado na revista. No mesmo ano, a Playboy fez um guia de compras para o Natal e colocou em evidência uma lounge chair Eames. Em 1961, a página central da revista foi preenchidas por nomes como George Nelson, Edward Wormley, Eero Ssarinen, Harry Bertoia, Charles Eames, e Jens Risom, juntamente com suas elegantes poltronas.
Em 1964, a “Playmate do Mês” foi fotografada na frente das cadeiras Saarinen Tulip. Em 1970, a casa do futuro pré-fabricada por Matti Suuronen foi apontada como sugestão de compra de “casa de brincar portátil”. A revista também usou estruturas de Charles Moore, John Lautner, e Ant Farm como pano de fundo para as sessões fotográficas.
A exposição que conta a elegante história que alimentou e influenciou os leitores da Playboy a outro nível de referência arquitetônica e de design moderno, vai até 28 de agosto, no Elmhurst Art Museum, em Illinois, EUA.
| via Co.Design
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