Como nesta semana falamos muito sobre fast food e junk food, o Cinema a Gosto de hoje indica o documentário Super Size Me, roteirizado, produzido, dirigido e estrelado pelo cineasta independente americano Morgan Spurlock.

O filme, lançado em 2004, narra o experimento vivenciado por Spurlock, que durante o mês de fevereiro do ano anterior se alimentou exclusivamente com refeições e alimentos servidos no McDonald’s.

Antes de se aventurar, ele seguia uma dieta variável, media 1.88cm e pesava 84,1kg. Após 30 dias, ganhou 11,1 kg e teve aumento de 11% de sua massa corporal, tendo seu índice de massa corpórea variando de 23,2 (considerado saudável) para 27 (sobrepeso).

Sua motivação para o documentário foi a crescente propagação da obesidade nos Estados Unidos e um processo judicial movido por duas jovens americanas com sobrepeso que alegaram ter engordado por conta do McDonald’s.

Durante as filmagens, Spurlock foi acompanhado por um cardiologista, um gastroenterologista, um clínico geral, uma nutricionista e um preparador físico – todos o alertaram sobre os riscos que essa dieta radical poderia lhe proporcionar, mas ele seguiu adiante mesmo assim.

No roteiro, ficou definido que durante o mês ele teria de provar, pelo menos uma vez, todos os itens oferecidos pelo McDonald’s e ele aceitaria todas as promoções e ofertas de tamanho Super Size (o maior de todos) quando lhe fosse sugerido por qualquer atendente da rede. Além disso, seguiria a média de caminhada dos americanos – cerca de 5 mil passos por dia.

Consumindo três refeições diárias, seu consumo médio era de 5 mil calorias por dia, o equivalente a mais de 6 Big Macs. Logo no primeiro dia, seu estômago rejeitou a nova dieta e ele teve náuseas e vomitou.

Ao longo do experimento, sofreu mudanças de humor, disfunção sexual e dano ao fígado. Spurlock precisou de 14 meses para eliminar o peso que havia ganhado. Os médicos informaram que ele sofreu um irreversível o dano causado ao seu fígado e mesmo perdendo os quilos extras, ainda sofre riscos de ter um ataque ao coração.

Em 30 dias, o cineasta ingeriu mais refeições no McDonald’s do que um nutricionista recomenda comer em 8 anos. O resultado, para Spurlock, valeu a pena. Seu documentário ganhou diversos prêmios, concorreu ao Oscar em 2004 e serviu de incentivo para o McDonald’s incluir saladas, frutas e sucos em seu cardápio.

| via Adoro Cinema

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