Nasce nas ilhas de Praslin e Curieuse, nas Ilhas Seicheles (África Oriental, Oceano Índico). Com formato de coxas humanas e o respectivo púbis em uma das faces, o coco-do-mar é a maior semente do mundo!

Produzida pela Lodoicea maldivica, palmeira endêmica da ilha de Praslin, a planta desenvolve-se em zonas com solo bem drenado e cresce com generosidade na Reserva da Natureza do Vallée de Mai, floresta natural de coco-do-mar inscrita pela UNESCO, em 1984, na ista dos lugares que constituem Patrimônio Mundial. Desde 1991, a espécie é legalmente protegida pelo governo de Seicheles.

Imagem: Vcoco de Mer

Podendo chegar a 30 metros de altura, o coco-do-mar é uma árvore dióica e de tronco fino para o seu tamanho. Na coroa, possui frondes enormes que podem atingir 10 metros de comprimento por 4m de largura, e são marcescentes, ou seja, conservam-se presas ao tronco depois de secas.

É a árvore-fêmea quem dá os frutos, que são bem parecidos com o coco que conhecemos. Com epicarpo fibroso e a semente podendo chegar a pesar 30 kg, o fruto leva de 6-7 anos para amadurecer, e a germinação, de 7-10 até aparecer a primeira folha.

Imagem: Wouter Hagens

O tronco só pode ser visto quando a planta já tem 15 anos de idade. A maturidade chega quando a árvore tem entre 20-40 anos. Uma planta saudável pode atingir uma idade de 200 a 400 anos! Considerando que uma árvore poderá gerar um descendente apenas aos 35 anos de idade, é compreensível que a espécie esteja hoje ameaçada de extinção e listada na União Internacional para a Conservação da Natureza (UINC).

Possivelmente, a característica mais conhecida do coco-do-mar, é o tamanho gigantesco de sua semente (as maiores e mais pesadas do planeta). Mas é a forma do coco-do-mar que o faz ser famoso. As sementes têm uma semelhança muito próxima à bunda de uma mulher. Não por acaso, um dos nomes botânicos arcaicos do coco-do-mar era Lodoicea callipyge. Em grego, callipyge significa “belas nádegas”.

Imagem: Museu Botânico de Berlim

O coco-do-mar ainda é material de lendas e mistérios, talvez mais que qualquer árvore no mundo. O nome da espécie – maldivica -, na verdade é um equívoco. Há séculos, antes de Seicheles ser descoberta e colonizada, a semente costumava chegar a praias distantes, como as Ilhas Maldivas. E por ter tido suas primeiras sementes encontradas por lá, o nome científico remete às Ilhas Maldivas.

Outro mito descartado em 1768 pelo explorador francês Marc-Joseph Marion du Fresne é que as sementes viriam de uma árvore mítica que nascia no fundo do mar, o que gerou seu nome popular.

Imagem: Garden of Eaden

Atualmente, o coco-do-mar detém cinco registros botânicos:

(1) Produz o maior fruto selvagem, pesando até 42 kg;
(2) Suas sementes chegam a pesar 17,6 kg, as mais pesadas do mundo;
(3) Produz o cotilédone mais longo, chegando a medir até 4 metros;
(4) As flores femininas são as maiores de qualquer palma;
(5) É a planta mais eficiente conhecida na recuperação de nutrientes de folhas moribundas.

E viva el coco-do-mar!

| via The Amusing Planet e Época

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