Chapa Quente
Governo Alckmin descarta mais de 34 toneladas de merenda vencida
por Redação
Após visitar 135 escolas da rede estadual (72 delas na capital e 63 no interior) entre setembro e dezembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) constatou que foram descartou cerca de 34,2 toneladas de alimentos vencidos que seriam destinados à merenda escolar.
De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal que repassa as merendas às escolas, também foi encontrado problemas, como o número insuficiente de nutricionistas e irregularidades na infraestrutura das cozinhas e depósito dos alimentos.
Com um sistema falho que dificulta o controle de estoque e um método deficiente de contagem de refeições, o relatório também apontou que 92,8% das escolas que recebem alimentos diretamente do Estado e têm o preparo das refeições por equipes terceirizadas, têm algum tipo formal de controle de estoque. Porém, em 61,5% delas os dados do controle não correspondiam aos alimentos existentes.
Já nas escolas que recebem as refeições e alimentos diretamente do município, apenas 45,9% disseram ter controle final do estoque e em 17,8% as informações não correspondiam aos alimentos existentes.
Um dos maiores problemas no descarte de merendas, está na validade próxima do vencimento dos produtos – 57,1% das escolas afirmaram ter recebido alimentos prestes à vencer e 41,4% teve que pedir o descarte das refeições.
O TCE ainda apontou outro problema grave: muitas escolas recebem produtos enlatados e ensacados e quase nenhuma delas tem condições adequadas para a preparação e armazenamento. Foi solicitado ao governo do Estado que diminua a quantidade desses tipos de alimentos.
“Algumas situações inusitadas foram encontradas, como por exemplo, o feijão enlatado, que é lavado para retirar o caldo escuro e o cheiro da lata; o frango enlatado, que também é lavado para retirar o odor desagradável; e o arroz com legumes, que também precisa de um banho de água corrente para retirar o tempero do produto, já que é muito salgado e não agrada ao paladar dos alunos“.
Em tempos de crise, de um mundo todo preocupado com a alimentação e até outros estados do Brasil, como Santa Catarina, que tem em seu cardápio a opção de merenda vegetariana aos alunos da rede pública, já é hora do Sr. Geraldo Alckmin colocar nas prioridades uma boa alimentação aos pequenos no estado de São Paulo, ao invés de mascarar a fiscalização apenas para alimentar o superfaturamento.
Não faz nenhum sentido fornecer alimentos enlatados e ensacados que precisam de água corrente para serem consumidos (???), próximos da data de vencimento, tudo de qualquer jeito, sem vida, sem nutrientes, quase sem nenhuma condição comível…
Quase 35 toneladas de alimento jogado no lixo é lamentável… é muito pouco caso do governo do Estado além de ser uma atitude burra dos encabeçados. Fornecer este tipo de comida, que nem deve ser chamada de alimento, é criar futuras pessoas com alto índice de doenças, tanto psicológicas e cognitivas quanto físicas apenas para alimentar o superfaturamento.
O que é preciso para entender que alimentar-se bem gera energia, gera melhor participação das crianças nas aulas, vontade de ir para a escola, melhor desenvolvimento da capacidade mental, expande o cérebro, dá vida e proporciona sorrisos?
| via Estadão
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