Vida longa, você pensa nisso?

Aos 44 anos de idade, o cardiologista John Day, estava se sentindo sobrecarregado, hipertenso, com dores constantes e cheio de culpas. Enquanto sonhava com a aposentadoria, trabalhava e tomava cerca de 5 remédios por dia. Até descobrir uma região remota na China, onde as pessoas vivem, regularmente, com mais de 100 anos de idade – sem sinais de Alzheimer, Parkinson ou câncer -, e ficou obcecado para chegar nesse lugar e aprender os segredos para ter uma vida longa.

Em questão de meses, ele e sua família fizeram as malas e foram passar um tempo com os aldeões de Bapan, para ver de pertinho de que forma esse povo vive para ter vidas tão longas e saudáveis.

No livro The Longevity Plan, escrito por John junto com Jane, sua esposa, ele compartilha sete hábitos-chave observados durante um ano inteiro vivendo com o povo de Bapan. A boa notícia, é que qualquer pessoa no mundo pode adotar 100% desses hábitos. Os três primeiros são: conhecer o propósito de sua vida, cercar-se de pessoas positivas e mover seu corpo o máximo que você puder. (O primeiro hábito pode ser arquivado como “objetivo a longo prazo”).

A maior lição que o Dr. Day aprendeu sobre alimentação para a longevidade, é simples: “Alimentos processados e açúcar adicionado, nunca demonstraram trazer benefício à saúde. Cortá-los, já é 90% de uma dieta saudável“. Não são necessárias pílulas mágicas ou ingredientes caros.

Para uma vida mais longa e saudável, veja o que é ideal você comer (de acordo com algumas das pessoas mais antigas do mundo):

Encha seu prato de plantas

Semelhantes às descobertas de The China Study (um dos maiores e mais abrangentes estudos de nutrição humana já realizada), Dr. Day percebeu que os vegetais constituíam a maior parte das dietas dos moradores. “Eles colhiam seus próprios alimentos e comiam no mesmo dia. E, desde que eles foram, essencialmente, separados do resto do mundo, o acesso ao açúcar refinado e aos alimentos processados, não existia. Se você quisesse, tinha que se submeter a uma viagem de ida e volta de 8 dias a pé“.

Embora esse povo não coma cupcakes nem jantares de reality shows, o interessante é que, mesmo a carne, desempenha um papel secundário nas refeições. “Eles não têm gado nem galinhas para ovos, porque os exércitos invadiam as aldeias e os roubavam em momentos de pobreza extrema“, explica Dr. Day.”Mas eles comem peixe cerca de duas vezes por semana“. E você notará algo mais faltando na dieta deles: lácteos. É outro grupo de alimentos que não está no radar.

Vida longa? Salve, salve a batata doce!

Um vegetal que Dr. Day notou aparecendo em seu prato mais que os outros, foi a batata doce. “Eles comem no café da manhã, almoço e jantar“. Na parte da manhã, os aldeões comiam um mingau de milho (feito de milho plantado e colhido localmente, claro), com pedaços cozidos do tubérculo. Para almoço e jantar, batatas assadas e, também, em sopas. E se não comessem em todas as refeições, a batata doce era consumida várias vezes durante a semana.

Frutas para vida longa, Sim!

Antes que o Dr. Day e sua família mudassem para Bapan, eles tinham um sério hábito de comer doces após as refeições. Mas, uma vez que se jogaram de corpo e alma para viver de verdade os costumes dos aldeões, seus desejos por um docinho desapareceram completamente. “Se você mudar seu ambiente para que não esteja tentado, o desejo por docinhos vai embora. É diferente sobre ter força de vontade, porque lá, você está completamente isolado de tentações“.

Os aldeões só tiveram acesso ao açúcar natural (AKA frutas), e é o que desejavam. Lichias frescas, mamão papaia, mangas docinhas, abacate, são uma forma agradável de terminar uma refeição (ou lanche da tarde). E com o bônus adicional de ser repleto de vitaminas, nutrientes e minerais.

Fartura de Sopa da Longevidade

De acordo com Dr. Day, várias vezes por semana os aldeões de Bapan comiam uma sopa leitosa que, carinhosamente, ganhou o nome de Sopa da Longevidade. O caldo (pasmem), é feito com sementes de cânhamo. Estas, são repletas de gorduras saudáveis, proteínas e fibras. E, nesta receita, há apenas mais dois ingredientes: folhas e talos de abóbora, e sal.

Mesmo que não seja tão fácil encontrar as folhas da abóbora (a menos que você plante), você pode adicionar outra folha verde, como por exemplo, couve ou espinafre, sem prejudicar o valor nutricional do prato. E, para finalizar esse artigo com categoria, vamos aprender a fazer a Sopa da Longevidade! Sim, com semente de cânhamo! Tome nota:

|| Sopa da Longevidade ||

:: Ingredientes ::

• 1 xícara de sementes de cânhamo
• 1/2 xícara de folhas e talos de abóbora cabotchá  (ou 1/2 maço de espinafre ou couve)
• sal a gosto

:: Como faz ::

1. Para preparar os verdes, lave e seque-os, removendo os talos maiores que o diâmetro de um lápis. Corte as folhas e remova qualquer fibra grossa das folhas menores;
2. Para começar a preparar o caldo, coloque as sementes de cânhamo no liquidificador e adicione uma pequena quantidade de água à medida que as sementes forem quebrando, até obter uma mistura pastosa. Transfira para um filtro fino;
3. Ferva 4 xícaras de água e passe pelo filtro. Se alguma pasta passar pelo filtro, tá tudo bem. Depois de passar toda a água, passe a água pelo filtro novamente, mas despeje em outro recipiente;
4. Leve esse caldo em uma panela de fundo grosso, adicione as folhas e os talos finos e, quando começar a ferver, espere mais 2 minutinhos, desligue o fogo, acerte o sal e sirva.

Vida longa, minha gente! VIDA LONGA!

| via Well and Good

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