Entretenimento
Pede Pipoca: Arrotinhos de amor
por Redação
Decidi escrever sobre comida só para homenagear o gordinho que mora dentro de mim. O pançudinho é meu alter ego – herança de uma infância de tetinhas ululantes e assaltos frequentes à geladeira.
Mas aqui escrevo sobre Cinema. Opa, perai! Dizer que escrevo sobre Cinema é pretensão demais. A ideia aqui é pegar uma cena e divagar sobre como ela mexeu comigo. E encho a boca pra dizer que essa aqui mexeu no estômago.
Adèle e seus pais diante de uma bela macarronada em uma cena do filme Azul é a Cor Mais Quente. Um almoço regado a vinho. Uma Adèle lambuzada de molho e mastigando de boca aberta. Os cabelos bagunçados. O arrotinho pra dentro. Não limpa a boca com a mão, menina!
A riqueza de uma personagem não está só no que ela diz ou em suas ações. Está nos detalhes do corpo. Na maneira como ela se comporta, sorri, respira e, claro, mastiga.
Nota-se que a jovem Adèle é uma bagunça. A criança ainda está suja de molho mas sabe bem o que quer. Não tem medo de se arriscar. De lamber a faca. Repete, se lambuza, experimenta. Cai de boca na vida e no que importa dela. Literalmente, (neste filme) cai de boca no amor.
Só quando mexem com o estômago é que as coisas são para valer. Principalmente amor.
:9
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