Por muitos anos o ovo foi visto como vilão da nossa alimentação. Hoje em dia há uma série de estudos que comprovam sua eficácia e benfeitorias ao nosso organismo – o que contribui para sua inclusão em uma dieta saudável. Em geral, o ovo é uma ótima fonte de proteína, cálcio, fósforo e potássio e consumido com moderação só tem coisas boas a nos oferecer.

Imagem: Tryoop

Mas a quantidade de nutrientes tem muito a ver com a linha de produção o ovo, sabia? Há os ovos de granja e os ovos orgânicos. Qual a diferença entre eles e qual o melhor a ser consumido?

Os ovos de granja são produzidos em sistema comercial – e por isso são mais baratos. Neste caso, as galinhas ficam alojadas em gaiolas, confinadas por até 120 semanas – tempo de maior desempenho em postura. Sendo assim, não têm contato com os galos e o ovo não é fecundado.

É comum que muita gente pense que a gema seja o embrião, mas na verdade, ela é apenas a fonte de nutrientes dele. Ou seja, um ovo de granja não resultará em pintinhos.

Imagem: Portal Suínos & Aves

Essas galinhas ficam dispostas em um programa de luz, em um galpão com iluminação artificial e extensiva para que as deixe acordadas e alimentadas por mais tempo, como se prolongasse o dia, aumentando assim a produtividade dos ovos.

Para serem mantidas nesses moldes, as galinhas passam por um processo de debicagem, no qual a ponta do bico é cortada para evitar o canibalismo e automutilação comuns por conta do estresse do excesso de luz e privação em cativeiro.

Muitas também são tratadas com antibióticos. Algumas granjas estão trocando o medicamento por probióticos, prebióticos e simbióticos, mesclados à ração das aves. Tudo isso para manter as aves no estado mínimo de ‘saúde’ adequada.

Enquanto isso, os ovos orgânicos são produzidos em sistema extensivo, no qual as galinhas ficam soltas podendo manifestar seu comportamento natural. O processo de produção é mais lento, mas elas têm contato com galos e seus ovos podem ser fecundados.

Imagem: Gazeta do Povo

Essas galinhas seguem uma alimentação orgânica para que não haja resíduos em seus ovos. É comum que também passem pelo sistema de iluminação artificial, mas devem ter pelo menos oito horas de escuro diariamente.

De acordo com uma recente pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, os ovos de galinhas criadas soltas apresentam o dobro de ômega-3, 38% mais vitamina A e 23% mais vitamina E em comparação a ovos produzidos em sistema de confinamento das granjas.

Ou seja, os ovos orgânicos podem pesar um pouco no bolso, mas oferecem mais benefícios ao nosso organismo, bem como tem galinhas que apresentam qualidade de vida.

Imagem: SOS Guarapiranga

Esclarecendo os fatos, cabe a você fazer sua escolha. Independente de qual seja, é importante adquirir apenas ovos com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Isso significa que eles foram devidamente inspecionados e não oferecem riscos à saúde do consumidor, se ingeridos ao ponto ou bem passado – uma vez que a organização não recomenda a ingestão de alimentos crus.

Quanto à casca do ovo, ela diz respeito única e exclusivamente à raça da galinha e não tem relação com o sistema de produção dos ovos. Para saber se um produto é orgânico ou não, recorra às informações na embalagem.

| via Ecycle

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