Cozinha, o coração da casa. É nesse lugarzinho especial que todos se transformam em magos do fogão. Seja para preparar um ovo cozido ou para salpicar os temperos de longe nas panelas do fogão à lenha.

A pia, não menos importante, é a parte íntima da cozinha. Lava-se, corta-se, tempera-se, banha-se, apoia-se. Ao observá-la, é possível fatiar fino e chegar à uma perspectiva sobre a personalidade das pessoas.

Principalmente se estas pessoas forem mais velhas, com suas identidades constituídas há tempos na vida. O que começou como uma documentação da população idosa de Londres, pelo fotógrafo Claude Savona, transformou-se em uma tipologia de pias de cozinha.

Ao ser recebido de portas abertas pelas senhoras e senhores britânicos, Savona diz: “Encontrei um espaço que era mundano e esquecido”.

Na série “The Kitchen Sink”, o fotógrafo diz ter ficado fascinado com o que as pessoas escolhem para dispor nas pias: “A pia diz muito sobre os valores sociais, psicológicos e estéticos de cada pessoa”.

A articulação dos bens materiais sob o ponto de vista de Savona, mostra que os objetos dispostos complementam a transmissão da personalidade de quem está ali na pia de costas para nós e de frente para a janela – uma mistura entre espaço público e privado.

[Crédito das Imagens: Claude Savona]

| via Feature Shoot

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