A fome invisível afeta mais de 2 bilhões de pessoas e mata 1,1 milhão de crianças no mundo todo. A causa deste desastre considerado preocupante pelo Instituto de Pesquisas sobre a Alimentação (IFPRI) é a carência de zinco, ferro, iodo e vitaminas A e B no organismo.

Fizemos um post falando sobre a gravidade da fome invisível e resolvemos criar uma lista de alimentos que contém estes micronutrientes essenciais para que você insira na sua dieta e contribua para que seu organismo livre-se das estatísticas mundiais. Confira:

Ferro

Tido como um dos principais nutrientes essenciais para a vida, o ferro é responsável pela atuação na fabricação de células vermelhas no sangue e no transporte de oxigênio para todas as células do corpo. Porém, a ingestão deficiente de ferro é muito mais comum do que se imagina. A gravidade é tanta que, no Brasil por exemplo, existem programas do governo de combate à carência de ferro na população.

Os sintomas da falta de ferro no organismo é constatada apenas por exame de sangue e outros específicos feitos em laboratórios. No corpo, a consequência pode causar fadiga, falta de apetite, palidez da pele e da mucosa, apatia, menos disposição para trabalhar e dificuldade de aprendizagem nas crianças.

As fontes de ferro podem ser adquiridas com alimentos de origem vegetal ou animal, sendo este último, melhor aproveitado pelo organismo. Vale lembrar que, diferente do que a maioria imagina, o leite e o ovo não são fontes ricas em ferro (salvo alguns produtos, como o leite, que já existem nas prateleiras do mercado).

De origem animal, os principais alimentos ricos em ferro são: carnes vermelhas, principalmente o fígado (de qualquer origem animal), rim, coração, peixes, aves e mariscos crus.

Na lista dos vegetais, os que mais se destacam são as folhas de cor verde escura como agrião, couve e cheiro-verde; feijões, fava, grão-de-bico, ervilha e lentilha; grãos integrais ou enriquecidos; nozes, castanha, melado de cana, rapadura, açúcar mascavo e o açaí.

No mercado, leia o rótulo e busque por produtos enriquecidos com ferro como farinhas, cereais matinais, leites e outros. Para saber se a quantidade deste nutriente é válida, olhe, também, a ordem em que o componente aparece na descrição dos ingredientes.

Zinco

Este metal é um dos mais importantes para o desenvolvimento do corpo. Sua principal função é no sistema imunológico: é importante tanto para a síntese das células imunológicas quanto para sua ação de defesa contra vírus, bactérias e fungos.

Por ter ação antioxidante, o zinco também protege o organismo diminuindo a quantidade de radicais livres. Em nosso corpo, cerca de 100 enzimas diferentes dependem do zinco para conseguir catalisar reações químicas responsáveis por manter as funções celulares eficazes.

Dentre todos os alimentos que contém zinco, a ostra é a campeã em composição. Outras fontes importantes são: todos os tipos de carne, arroz, semente de abóbora, nozes, castanhas, farelo de aveia, feijão e leite integral.

É importante verificar o equilíbrio ao consumir este metal porque, quando ingerido em excesso, a quantidade de cobre diminui causando um efeito negativo com a ausência de outro elemento importante para o organismo. O consumo ideal recomendado para adolescentes e adultos é de 8 mg por dia de zinco.

É importante verificar o equilíbrio ao consumir este metal porque, quando ingerido em excesso, a quantidade de cobre diminui causando um efeito negativo com a ausência de outro elemento importante para o organismo. O consumo ideal recomendado para adolescentes e adultos é de 8 mg por dia de zinco.

Iodo

Por ter apenas uma função no organismo, o iodo torna-se um nutriente extremamente importante para o nosso corpo. Responsável pela síntese dos hormônios tireoidianos. Estes hormônios atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia, além de serem importantes para o funcionamento de órgãos como o fígado, o coração, rins e ovários.

A ausência deste micronutriente, além de ser um causador da fome invisível, pode provocar o DDI – Distúrbio por Deficiência de Iodo. O resultada pode gerar anomalias congênitas, cretinismo em crianças e o bócio ((hipertrofia da glândula tireoide).

Os alimentos mais ricos em iodo são os provenientes do mar como: ostras, moluscos, mariscos, camarão, fígado, rim e peixes. Leite e ovos também são fontes de iodo, mas há que se verificar a procedência dos produtos que devem vir de animais que tenham pastado em solo rico em iodo ou alimentados com rações que contenham grande quantidade deste nutriente.

Vitamina A

Todas as vitaminas são de suma importância para o organismo. Estas substâncias orgânicas essenciais para o bom funcionamento do corpo participam do metabolismo celular. Considerada uma das mais importantes, a vitamina A é conhecida por sua poderosa ação antioxidante que fortalece o organismo e protege a pele, além de promover a diferenciação dos tecidos de vários órgãos, especialmente, os olhos.

A ausência de vitamina A pode provocar a chamada “cegueira noturna”, que, não tratada, pode deixar a pessoa cega.

Porém, o corpo humano é incapaz de produzir esta vitamina sozinho, então, é necessário busca-la nos alimentos como: fígado de boi, queijo, ovo, batata-doce, manga, leite, mamão papaia, laranja, abóbora, couve, damasco, cenoura, pequi, espinafre, pêssego e brócolis.

Vitamina B

As vitaminas do complexo B são responsáveis pela manutenção da saúde emocional e mental do ser humano. Ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelo, fígado, boca e, também, a tonicidade muscular do aparelho gastrointestinal.

A característica comum entre elas é que são hidrossolúveis e suas fontes alimentares são representadas por carnes brancas e vermelhas, cereais, sementes, gema de ovo, leite, fígado, legumes e amendoim.

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