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Fome invisível afeta mais de 2 bilhões de pessoas no mundo
por Redação
Na segunda-feira, 13 de outubro, há 3 dias do Dia Mundial da Alimentação, o Instituto Nacional de Pesquisas sobre a Alimentação (IFPRI) publicou um relatório preocupante que afirma que dezesseis países continuam a apresentar um nível de fome extremamente alarmante ou alarmante.
Entre as causas, está a fome invisível, condições definidas como carência de micronutrientes como zinco, ferro, iodo e vitaminas A e B e que mata, todos os anos, cerca de 1,1 milhão de crianças.
A ausência destes componentes considerados vitais para o bom desenvolvimento e para uma boa saúde, atinge mais de 2 bilhões de pessoas no mundo que possuem alimentação pobre em nutrientes essenciais.
Os efeitos da fome invisível não são observáveis a curto prazo, e sim, provam a consequência devastadora a longo prazo. Segundo o IFPRI, a ausência dos micronutrientes acarreta no aumento da mortalidade materna e infantil, o desenvolvimentos de deficiências físicas, sistema imunológico enfraquecido e faculdades mentais.
Segundo dados reunidos entre 2009 e 2013, dentre os 16 países que mais são afetados com a fome invisível, dois apresentam situação extremamente alarmante: Eritreia e Burundi, na África Oriental.
Entre os países em situação alarmante, a África subsaariana e a Ásia do Sul, comportam quase a totalidade dos casos. São eles: Laos, Moçambique, Níger, República Centro-africana, Madagascar, Serra Leoa, Zâmbia, Iêmen, Etiópia, Chade, Sudão e Sudão do Sul, Ilhas Comores e Timor Ocidental. Além destes, o Haiti também encontra-se em estado alarmante.
A recomendação do Instituto Nacional de Pesquisas sobre a Alimentação é que os governos ajudem a aumentar a diversidade alimentar focando na inserção de zinco, ferro e vitaminas essenciais à população em formação.
Mesmo que estes dados apresentem países subdesenvolvidos como principal foco de preocupação, a fome invisível também afeta pessoas com sobrepeso. A obesidade acaba sendo um fator que contribui pelo alto consumo de macronutrientes em excesso como lipídeos e glicídeos contribuindo para um relatório de saúde nada favorável.
Isto se dá porque os países em desenvolvimento estão se afastando de suas dietas tradicionais e, cada vez mais, consumindo alimentos processados e com alto teor de gorduras. Para o IFPRI, esta transição nutricional é confrontada com a carga de desnutrição. A consequência é um grupo cada vez maior de pessoas com deficiência nutricional, obesidade e risco de morte pela ausência de micronutrientes vitais.
Como foi dito, os números assustadores também atingem pessoas que não vivem nos países citados com casos extremamente alarmantes. Portanto, lembre-se e atente-se para consumir alimentos que possuem micronutrientes essenciais para uma vida saudável. Fizemos uma lista para orientá-los melhor. Confira aqui.
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1 comentários
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Por Matilde Freitas | junho 2, 2017 às 23:00| Responder
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Excelente informações … estarei mais atenta ao habitos … estas dicas são preciosas para nós que sofremos com a azia e queimação. Obrigado por compartilhar!!!