O Corpo Come
Aulas de gastronomia são usadas como terapia em centros psiquiátricos dos EUA
por Redação
Cozinhar faz bem: dá para aliviar o estresse enquanto se prepara os pratos e é sempre gratificante servir a mesa e receber elogios pelo que cozinhou.
Na verdade, cozinhar faz tão bem que algumas clínicas americanas estão até utilizando a prática como forma de terapia para tratar de pacientes que sofrem de depressão, ansiedade e outros problemas que atingem a saúde mental.
Na Califórnia, a Newport Academy aposta em um tratamento comportamental para tratar adolescentes portadores de doenças mentais e viciados em drogas ou álcool: aplicar aulas de gastronomia em centros psiquiátricos.
O programa consiste em uma internação de 45 dias e diariamente os pacientes têm aulas de gastronomia com duas horas de duração.
Nas aulas, além de aprenderem versões saudáveis de suas comidas favoritas – como hambúrgueres e massas em geral – os pacientes fazem uma espécie de terapia em grupo onde compartilham os sentimentos e sensações vivenciados a cada dia.
Para os especialistas, as aulas servem para reforçar a autoestima, promover as habilidades sociais e contribuir para que aprendam a manter o foco no que estão fazendo, diminuindo assim a ansiedade e afastar os pensamentos negativos, comuns em quem tem comportamento obsessivo-compulsivo.
Ao aprenderem receitas saudáveis, os internos também evitam outro problema futuro: a obesidade. Muitas pessoas que sofrem de depressão acabam descontando as insatisfações na comida, o que resulta no ganho de peso. Isso vira uma bola de neve, que por consequência, aumenta ainda mais o quadro depressivo.
No Centro de Psiquiatria da Universidade do Novo México, em Albuquerque, as aulas são ministradas aos pacientes com doenças mentais – como esquizofrênicos – que acabam se isolando socialmente por conta da doença.
Através da gastronomia, essas pessoas conseguem melhorar suas habilidades sociais e aumentam sua autoconfiança, uma vez que a habilidade de comer e compartilhar uma refeição é primária. Cozinhando e comendo juntos, os pacientes desfrutam de momentos prazerosos e descontraídos, o que resulta em grande eficácia ao tratamento.
As aulas de gastronomia, porém, não excluem o uso de medicamentos controlados e terapias individuais, para que cada caso possa ser tratado adequadamente. No entanto, funcionam como um complemento ao tratamento.
| Via WSJ
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1 comentários
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Por Elaine | abril 23, 2017 às 13:43| Responder
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Muito bacana.