Curiosidade
Sobre torras e blends
27 de abril de 2015
por Sofia Pedroso
por Sofia Pedroso
Quem ama café sabe que a torra é o que difere um café do outro.
No momento em que os grãos são torrados é que o sabor do café se aflora. Quando submetidos ao calor, o grão se transforma desenvolvendo aroma, perfume, potencial e todas as suas diferentes características. É também nessa hora que os defeitos do grão são evidenciados.
Você sabia que mais de 700 substâncias aromáticas são liberadas após a torra do café? Vai achando que café é só uma bebida, vai.
E saber qual tipo de torra o café sofreu é determinante na escolha de um sabor que agrade o seu paladar.
Para distinguir os diferentes graus de torra, a Specialty Coffee Association of America,uma empresa norte americana que produz equipamentos para seleção de café, desenvolveu uma escala constituído por 8 tons de marrom, onde cada uma possui um número referente aos graus de torra do café.
Esses números vão de 25 a 95 em ordem decrescente de torra e cada um corresponde a uma temperatura. De acordo com a preferência do país, há uma variação no número da torra. No Brasil, a preferência de torra é entre 45 e 65 (algo entre o moderadamente escuro e o médio claro).
Em vários lugares, o café servido é feito a partir de um blend (quando diferentes tipos de torras ou grãos, são misturados).
Se você quer entender um pouco mais sobre essa bebida tão amada, existem três aspectos a serem observados na próxima vez que você pedir um cafézinho.
Acidez: Quanto mais escura a torra, menos ácido será o café. Porém, um café mal selecionado com a torra escura terá adstringente, o que não é tão bom.
Corpo: O café é mais encorpado, entre uma torra média e marrom escura. Já uma bem escura, o café perde o corpo. Ou seja, ele fica mais “aguado”.
Aroma: Tanto numa torra muito leve, quanto uma torra muito escura, ambas perdem bastante do aroma. O segredo está no intermédio. Nem muito leve, nem muito forte. Mas isso é um aspecto bem pessoal e pode variar muito de pessoa para pessoa.
O importante é saber que diferentes torras, diferentes sabores, aromas, intensidades. Se você quer mergulhar nesse mundo de cabeça e boca, prove o máximo de cafés que puder, pergunte ao barista qual o blend que ele fez e se há diferentes torras nos cafés utilizados.
| via Espaço do Café
Sofia Pedroso
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